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Formação de alguns Sacerdotes amigos

Atrações que já confirmaram presença em nossa 1º Festa do Santo Lenho que será em Setembro (dias 13-15 - Capela Nossa Senhora da Rosa Mística / dia 16 - Encerramento no Recinto de Exposições). Shows, Ação social, stands de formação familiar, formação profissionalizante, oficinas infantis,parque gratuito, Praça de alimentação, Cristoteca, Djs, Esportes Radicais,Procissão motorizada, Teatro, dança, poesia, exposição de quadros e esculturas, stands de Paróquias, pastorais e comunidades, todos unidos pelo Preciosíssimo Sangue do Senhor Jesus com Maria aos pés da Santa Cruz

Em Breve estaremos postando a rede de Hotéis para maior comodidades dos participantes de fora da cidade.

Vamos viver essa expectativa Juntos pelo Sangue de Jesus Cristo contido no ventre da Santíssima Virgem, passando pelo ensinamento e mistério da Cruz e vivido hoje na Sagrada Eucaristia.


FAÇAM SUAS CARAVANAS E VENHAM VIVER ESSE MOMENTO ESPECIAL DE ORAÇÃO CONOSCO!!!


AJUDE-NOS A DIVULGAR ESSE BLOG E QUE CADA PESSOA POSSA CONOSCO INTERCEDER PELA GRAÇA DE DEUS, O SANGUE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,A PROTEÇÃO DA SANTÍSSIMA VIRGEM E DOS SANTOS ANJOS

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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

1-O QUE É LITURGIA?

A

A história do povo de Deus, lá no Antigo Testamento, foi como que uma grande liturgia. Sobretudo o grande evento libertador da saída do Egito, a passagem pelo Mar Vermelho e pelo deserto. O Povo de Deus vivia celebrando esses acontecimentos que marcaram a história da salvação. Estamos notando como é importante conhecermos a Bíblia?

Hoje, Deus continua a passar entre nós para nos salvar. Deus passa entre nós alimentando-nos com sua Palavra e com a Eucaristia.

Notar que a liturgia não se resume na missa. Cada sacramento é um toque especial de Deus. Por isso, além de falarmos muito da celebração da Missa e da celebração da Palavra, vamos nos referir um pouco aos sete sacramentos.

Meditando a Palavra e os sacramentos, particularmente o da Eucaristia, aprendemos o seguinte: Liturgia é o memorial do Mistério Pascal de Cristo celebrado na Igreja, desde os seus inícios até hoje.

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2-ANO LITÚRGICO

Nos começos de nossa Igreja os cristãos celebravam somente a memória da ressurreição de Jesus, como ponto marcante para sua fé. Cada domingo era dia de festa com a celebração do Mistério Pascal.

Com o passar dos tempos, os cristãos começaram a celebrar outros acontecimentos importantes da vida e obra de Jesus: Advento, Natal e Pentecostes. Assim tiveram origem as festas do ano litúrgico.

O Ano Litúrgico é uma organização das celebrações dos mistérios de Jesus Cristo durante todo um ano. O centro do Ano Litúrgico é a Celebração do Mistério Pascal: morte e ressurreição de Cristo.

Durante o Ano Litúrgico são celebradas as festas de Nossa Senhora, dos anjos e dos santos. Também recordamos os nossos falecidos. Conforme o espírito da liturgia, essas festas são celebradas, destacando o Mistério Pascal de Cristo. Sem esse destaque, essas festas perderiam o sentido.

Vamos ver resumidamente a divisão do Ano Litúrgico. Observemos como no centro de todo o Ano Litúrgico está a Páscoa: morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

ADVENTO

O ano litúrgico começa com o primeiro domingo do advento, assim como o ano civil começa com o dia primeiro de janeiro.

Advento significa chegada, vinda, espera pela vinda do Salvador. Nesse tempo do advento a Igreja revive a longa espera do povo de Israel pelo Salvador. Tanto é assim que a Igreja lembra nesse tempo os grandes personagens da história de nossa fé:

  • Isaías: a salvação está chegando...

  • João Batista é bem destacado na liturgia do advento. Ele é "a voz que clama no deserto".

  • Maria: Deus quis que ela tivesse uma participação especial no seu Plano.

O advento começa quatro domingos antes do Natal e termina no dia 24 de dezembro. É um tempo de reflexão mais intensa, de penitência e purificação. Pela justiça e pela verdade preparam-se os caminhos do Senhor.

Viver o advento é ficar atento aos sinais do Reino entre nós: fazer denúncia das injustiças, lutar por melhores condições de vida para todos com gestos de partilha e de solidariedade.

Como celebrar o advento hoje? Uma boa idéia é participar da Novena do Natal em Família e fazer uma boa confissão.

TEMPO DO NATAL

A salvação começa com o grande mistério do Natal, quando o "Verbo se fez carne e veio habitar entre nós" (João 1,14).

Um Natal bem preparado e bem celebrado marca as pessoas e transforma as famílias. Sobretudo quando se aceita que Jesus nasceu no meio dos pobres e marginalizados. Assim ele convida a todas as famílias a procurarem as famílias mais esquecidas da sociedade, pois é lá que Jesus está presente de modo especial a nos convidar para a solidariedade.

No tempo do Natal de Jesus a Igreja destaca bastante a Epifania (visita dos magos e manifestação do Senhor) e o Batismo de Jesus.

TEMPO COMUM

O chamado Tempo Comum começa logo depois da festa do Batismo de Jesus e se interrompe na quarta-feira de cinzas, para recomeçar depois, na segunda feira após a festa de Pentecostes, e vai até a festa de Cristo Rei, quando termina o Ano Litúrgico.

São 33 ou 34 semanas dedicadas ao memorial do que Jesus Cristo fez e disse, esclarecendo assim as dimensões de nossa salvação, o Mistério Pascal.

O tempo comum não é um tempo vazio. É tempo de nós continuarmos a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos do Reino. Usando a cor verde, esse tempo nos faz viver num clima de constante esperança.

QUARESMA

O tempo da quaresma vai da quarta-feira de cinzas até a missa da Instituição da Eucaristia na quinta-feira santa. Esse tempo relembra os quarenta dias que Jesus passou no deserto orando, jejuando e vencendo as tentações. Quaresma é preparação para a Páscoa. Tempo de jejum e penitência para a verdadeira conversão.

A Igreja do Brasil incorpora na sua liturgia durante a quaresma a conhecida "Campanha da Fraternidade". Cada ano a CF traz um tema e um lema que nos motivam a um gesto concreto de solidariedade.

TRÍDUO PASCAL

Assim como o domingo é o ponto alto da semana, o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, é o ápice de todo o ano litúrgico. O Tríduo Pascal abrange a quinta-feira santa com a celebração da Ceia do Senhor, a Paixão, a Vigília Pascal, e termina com o Domingo da Ressurreição.

  • Quinta-feira santa: memorial da Ceia do Senhor na qual Jesus antecipa sacramentalmente sua morte e ressurreição.

  • Sexta-feira santa: dia de silêncio em respeito à morte do Senhor.

  • Sábado Santo / Vigília Pascal: o povo cristão passa o dia de sábado santo preparando-se respeitosamente para a Vigília Pascal.

A Vigília Pascal é feita no sábado à noite. Melhor hora é à meia noite de Sábado Santo para Domingo da Ressurreição. Mas pode-se começar a Vigília Pascal mais cedo, a partir das 18 horas, por uma questão de prática.

Não se esquecer de que a Vigília Pascal é a "mãe de todas as vigílias". Nela se faz a solene renovação das promessas batismais, num clima de muita alegria: Aleluia!

Nota: Houve uma época em que a celebração da ressurreição era feita no sábado de manhã. Por isso esse sábado ficou sendo chamado popularmente de "sábado do aleluia". Mas, graças ao Papa Pio XII, a nossa Igreja Católica voltou a celebrar a Vigília Pascal à noite como era nos inícios do cristianismo. - Por isso, evitemos falar em "sábado de aleluia". Isso já foi mudado há mais de 50 anos. Certo?

TEMPO PASCAL

Os cinqüenta dias entre o Domingo da Ressurreição e Domingo de Pentecostes formam o chamado Tempo Pascal. São celebrações que convergem para o Cristo vitorioso entre nós e nos colocam num clima de preparação para a vinda do Espírito Santo. O Tempo Pascal é um tempo forte em ritmo de vida!

Com a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes os apóstolos começaram a enxergar em plenitude a grandeza do Mistério Pascal de Jesus. Viram, entenderam e começaram a celebrar esse mistério. Por fim, todos eles deram a vida por seu Mestre.

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3-DOMINGO, O DIA DO SENHOR

Os primeiros cristãos viviam numa sociedade onde a maioria era formada de judeus. Ora, os judeus guardam o Sábado como dia santo. Mas os primeiros cristãos preferiam guardar o Domingo (o primeiro dia da semana), dia em que Jesus ressuscitou (Mt 26,1).

Esse primeiro dia da semana era dia de trabalho para os judeus. Por isso as celebrações eucarísticas tinham de ser à noite, após um dia de trabalho cansativo, ou então de madrugada. Aliás, eles acabaram preferindo esse horário da madrugada por ser o mesmo horário em que Jesus havia ressuscitado.

Para os seguidores de Jesus esse primeiro dia da semana tornou-se mais importante do que o sábado judaico. Por isso, o primeiro dia da semana começou a ser chamado dia do Senhor (em latim: dies domínica” - que deu em português o nome de “domingo”). Portanto, a palavra Domingo significa do Senhor, ou dia do Senhor. O Papa João Paulo II ainda chamou de dia da Igreja ou dia da comunidade.

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4-CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA - SANTA MISSA

A celebração da Eucaristia (Missa) é conhecida de todos. Conhecemos a missa H celebrada nas capelas, nas grandes igrejas e catedrais, nas praças e estádios. Mais ainda: hoje a mídia vai transmitindo toda essa maravilha que é “o povo de Deus se reunindo no amor de Cristo...”.

Seja com for, não podemos perder a referência aos inícios da Igreja. Aquela simplicidade toda deverá marcar as nossas missas hoje, - lembram os grandes entendidos em liturgia (os liturgistas).

Pois bem, a missa começou a ser celebrada pelos apóstolos logo depois da ressurreição de Jesus. E sempre como um memorial (uma lembrança viva) da morte e ressurreição do Senhor. Eles faziam religiosamente aquilo que Jesus fez na última Ceia (Ver 1Cor 11,23-26).

A Missa tem, pois, uma longa história de vinte séculos. Não dá para a gente descrever tudo em poucas linhas. Nem é preciso. O que importa é a gente levar a sério o que a Igreja sempre tratou com muita seriedade.

O essencial da missa é o que aconteceu lá na Última Ceia de Jesus com os apóstolos. Jesus antecipou na quinta-feira santa o Mistério Pascal, isto é, sua morte e ressurreição.

Através dos tempos a missa foi sendo organizada para que todos participassem comunitariamente do mistério pascal de Cristo do melhor modo possível. Por isso foram bem destacadas as duas partes da Missa: a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística. Assim foi mais ou menos durante o primeiro milênio.

No final do primeiro milênio muitas pessoas começaram a duvidar da Eucaristia. Por isso a adoração do Santíssimo começou a ser muito valorizada a ponto de ofuscar a celebração do mistério pascal. O povo partiu para o devocionismo, e foi perdendo o espírito comunitário. O devocionismo foi levando muita gente para o individualismo.

Os mais antigos se lembram como antes existia muito devocionismo. Devocionismo é uma devoção exagerada e não sadia. Assim, o povo era devoto do Santíssimo Sacramento como era devoto de São Francisco, ou São Sebastião ou Santo Antônio...

Nesse tempo as missas eram celebradas com o padre de costas para o povo. As missas eram cheias de enfeites. As missas acabaram se tornando "obras de arte" para enfeitar festas sociais, formaturas, posses de prefeitos, de governadores, etc.

Essa mentalidade antiga veio até o século XX. Mas Deus conduz a sua Igreja. Surgiram muitos teólogos que foram redescobrindo o valor da Eucaristia, particularmente da Celebração Eucarística.

De 1962 a 1965 aconteceu o Concílio Vaticano II convocado e iniciado pelo Papa João XXIII e concluído pelo Papa Paulo VI.

O Concílio, na liturgia, fez uma feliz volta aos inícios, destacando mais a Celebração do Mistério Pascal. A adoração foi colocada em segundo plano.

Hoje ainda há gente que gostaria que a Igreja voltasse aos tempos da simples adoração e das missas desligadas da comunidade. Mas, graças à coragem de nossos bispos, a missa está sendo levada a sério por muita gente de comunidade.

Para esses irmãos humildes e conscientes, a missa está sendo realmente a celebração do Mistério Pascal do Senhor. Por isso, dizemos no meio da Oração Eucarística, depois da consagração: "Anunciamos, Senhor a vossa Morte e proclamamos a vossa Ressurreição!”.

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5-ESQUEMA DA MISSA

É muito simples. Temos: a) Ritos Iniciais; b) Liturgia da Palavra; c) Liturgia Eucarística; d) Ritos Finais...

Os ritos iniciais e os ritos finais da missa são importantes porque eles expressam uma grande realidade: somos povo convocado por Deus, reunido no amor de Cristo, na força do Espírito Santo para sermos enviados em missão.

Antes dos Ritos iniciais o Comentarista acolhe o povo, acolhe a “Equipe de Celebração” que já está preparada para entrar solenemente.

  • Nos ritos iniciais, logo após a saudação, o celebrante, faz uma breve introdução ao mistério que é celebrado... Também faz a “recordação da vida”, colocando algum fato marcante da comunidade e de determinadas famílias, como por exemplo, bodas de prata, sétimo dia de falecimento, meninas fazendo 15 anos, etc.

  • Nos ritos finais o comentarista faz as comunicações de interesse de toda a comunidade. Tudo deve ser feito de modo muito objetivo, muito resumidamente, para não tirar o sentido principal da Celebração Eucarística. - Em seguida o celebrante pode dar uma rápida palavra final e a Bênção.

O grande tema da missa é Mistério Pascal do Senhor. Participando do Mistério Pascal, nós nos transformamos no “corpo eclesial” em torno do Corpo Sacramental do Senhor. É por isso que rezamos: “Fazei de nós, um só corpo e um só espírito!”. Tudo isso para a transformação do mundo. A missa nos impulsiona para a missão.

Vejamos tudo isso de modo bem esquematizado.

Ver GLP, página 32 e 34.

RITOS INICIAIS

Deus nos acolhe. A procissão de entrada representa todo o povo se aproximando de Deus. – Chegando à frente da assembléia, o sacerdote presidente da celebração, em nome de Deus, acolhe os irmãos que respondem cheios de vida: "Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!”.

Nós, uma vez acolhidos por Deus, reconhecemos que Deus é bon, que ele nos acolhe apesar de nossos pecados. Pedimos perdão e o louvamos com o Canto do Glória.

Notar: nos ritos iniciais Deus nos acolhe, e nós nos sentimos acolhidos por Deus.

LITURGIA DA PALAVRA

Deus nos fala. Geralmente é assim: na primeira leitura Deus nos fala pelos profetas, na segunda pelos apóstolos. Depois, Deus nos fala pelo seu próprio Filho no evangelho. Homilia...

Nós respondemos com salmos, aclamações, profissão de fé e preces...

Notar: na liturgia da Palavra Deus nos fala, e nós ouvimos e respondemos a Deus.

Daí a importância da escuta da Palavra na liturgia.

LITURGIA EUCARÍSTICA

A liturgia eucarística que temos hoje veio dos três gestos de Jesus na última ceia:

§ Jesus tomou o pão e o cálice com vinho...

§ Jesus deu graças ao Pai...

§ Jesus partiu o pão e deu o pão e o cálice com vinho aos seus discípulos...

A partir desses três gestos ou ações de Jesus na última ceia, os apóstolos e as primeiras comunidades cristãs foram organizando a "liturgia eucarística" que veio até nós hoje. A liturgia eucarística, pois, se divide em três partes conforme os três gestos de Jesus. Vejamos:

§ Preparação das oferendas...

§ Oração eucarística...

§ Ritos de comunhão...

1. PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS: Nós apresentamos o pão e vinho, nosso dízimo e ofertas e também outros objetos simbolizando a vida da comunidade. Enquanto o povo canta "o canto das oferendas" o padre, com orações apropriadas, vai preparando o vinho e as hóstias para começar em breve a solene "Oração Eucarística". Por fim, o padre convida à oração sobre as oferendas ("Orai, irmãos..."). - O povo responde, e o padre faz uma oração sobre as oferendas.

2. ORAÇÃO EUCARÍSTICA: Essa grande oração deve ser muito valorizada por todos. Ela é o ponto culminante da missa. - O sacerdote fará tudo para que o povo possa dela participar do melhor modo possível.

Esta belíssima oração da Igreja esta dividida em duas partes, que estão profundamente unidas:

· Primeira parte: louvor, ação de graças, memorial.

- Diálogo inicial: a oração eucarística começa com o “O Senhor esteja convosco... Corações ao alto... Demos graças ao Senhor nosso Deus”... Este diálogo tem como finalidade estabelecer uma verdadeira relação entre a assembléia e Deus. Despertando o nosso coração, mente e vontade para Ele. “É hora de deixar as coisas rasteiras, os pensamentos vãos e as distrações para elevar o coração em direção a Deus e nele repousar”. Em seguida temos o chamado prefácio (“Na verdade, é justo e necessário”...). Concluímos esta primeira parte da oração eucarística com a aclamação do Santo. O canto do "Santo" faz uma belíssima ligação entre a primeira parte com as demais partes que se seguem.

- Depois do canto do "Santo", nós temos a segunda parte:

· Segunda parte: Pedidos e súplica

- Invocação do Espírito Santo sobre o pão e o vinho.

- Narrativa da instituição (narrativa da última ceia). Consagração.

- Memorial (ou lembrança viva) da Páscoa de Jesus, e a oferta do corpo e sangue de Jesus ao Pai. (Aqui está o grande ofertório da missa).

- Invocação do Espírito Santo sobre a assembléia que vai comungar..., para que, em Cristo, todos se tornem um só corpo bem unido.

- Intercessões: lembranças do papa, do bispo, de Nossa Senhora, dos mártires, dos santos em geral, e de nossos falecidos que nos precederam marcados pela fé. - Assim, fica toda a Igreja (corpo eclesial) reunida em torno do altar onde está o corpo sacramental do Senhor.

- Doxologia: palavra que significa louvor. Tomamos plena consciência de que a eucaristia é um grande louvor ao Pai, por Cristo, na força do Espírito Santo. O padre, sozinho, reza ou canta solenemente esta oração.

- Encerramento da oração eucarística com um forte AMÉM! – Esse "amém" era muito valorizado lá nos começos da Igreja. Tratava-se de uma afirmação solene de que todos estavam dispostos a viver a Páscoa de Jesus no dia-a-dia. Mesmo no meio de incompreensões e até de perseguições... Isso vale muito para nós hoje, dentro dos desafios que enfrentamos a toda hora.

3. RITOS DA COMUNHÃO:

- Convite à Oração do Pai-Nosso... Esta oração vem nos lembrar de uma necessidade fundamental para comungar: pedir perdão dos pecados e perdoar as ofensas, não guardar rancor, ódio... Não tomemos o Corpo do Senhor indignamente, nos alerta apóstolo Paulo (1Cor 11,27-29). Quem toma a Eucaristia e cria divisões dentro da família e da comunidade comunga indignamente.

- Oração pela Paz e abraço da paz (o qual poderá ser dado agora ou no final da missa).

- Fração do Pão (o padre parte a hóstia grande... Belíssimo gesto de Jesus na última ceia).

- Eis o Cordeiro de Deus...

- Comunhão: na comunhão entramos em íntima união com a morte e ressurreição, com o seu mistério pascal e nos comprometemos, como missão e encargo, a construirmos a unidade na Igreja, na comunidade.

- Silêncio. Esse momento de silêncio é importantíssimo. (Ver GLP, página 29).

Antes da oração final o celebrante pode ler um versículo da Bíblia (antífona) que vem indicado na liturgia do dia.

- Oração final...

RITOS FINAIS

Uma rápida mensagem, ou um canto que sirva de mensagem final.

Nota: Em muitas comunidades esse canto é chamado popularmente de “Canto de Ação de Graças”. Mas, é bom notar que “Ação de Graças” é toda a missa, do começo ao fim...

AVISOS (São dados pelo comentarista. Quanto menos avisos, melhor. Dar avisos bem resumidos).

- Uma palavrinha final do padre...

BÊNÇÃO FINAL - CANTO FINAL

Nota: Se o abraço da paz for no final da missa, esse “canto final” poderá ser substituído pelo Canto da Paz.

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6- CELEBRAÇÃO DA PALAVRA

OS BISPOS NOS ORIENTAM

Em nossa prática todos notamos como as celebrações da Palavra bem feitas criam comunidades vivas e fortes na fé. As comunidades fiéis às Celebrações da Palavra ficam fortes e não definham.

Palavras dos nossos bispos: "O surgimento rápido de inúmeras comunidades eclesiais, ultrapassando a capacidade de atendimento dos presbíteros leva o Povo de Deus a reencontrar no tesouro da tradição litúrgica da Igreja a Celebração da Palavra para alimento de sua fé, de sua comunhão e de seu compromisso.

Nesta celebração da Palavra, o Cristo se faz verdadeiramente presente, pois é ele mesmo que fala quando se lêem, na Igreja, as Sagradas Escrituras. Além de sua presença na Eucaristia (eventualmente distribuída nas celebrações), Jesus Cristo está também, na assembléia reunida em seu nome...". [1]

São palavras de nossos bispos que tanto animam as nossas comunidades a aprofundar e a celebrar a Palavra de Deus.

Sim, com o incentivo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foram muito valorizadas as pequenas comunidades com os Grupos de Reflexão e as Celebrações em torno da Palavra de Deus.

· Os Grupos de Reflexão, ligando fé-e-vida, dão vida às comunidades tornando-as missionárias. E a comunidade, animada por Grupos de Reflexão, faz a Palavra "circular" pelas ruas e casas dos bairros.

· Nas Celebrações em torno da Palavra acontece o mistério da presença de Cristo que reúne e une seu povo formando assim o "corpo eclesial".

Notemos que hoje existem muitas e muitas comunidades que se reúnem todos os domingos para ouvir em comum a Palavra de Deus. Todos esses irmãos que participam das celebrações da Palavra em suas comunidades estão cumprindo o seu dever dominical.

Mais ainda: são esses irmãos que vivem a sua fé em comunidade que fazem a nossa Igreja se tornar cada vez mais viva.

Em vista disso, é errado alguém ficar dizendo ou repetindo expressões que confundem o povo. Portanto, nada de ficar dizendo que "a celebração da Palavra não vale".

Nada disso. O cristão, na igreja de sua comunidade, naquele horário, cumpre o seu dever participando da Missa ou da Celebração da Palavra.

Notar que a missa em sua primeira parte é a Liturgia da Palavra. A Palavra convoca e reúne o "corpo eclesial". Sem uma consciência de corpo eclesial, a participação na Eucaristia fica sem sentido

[1] Ver CNBB no Documento 43, números 95 e 96.

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Ao usar o Livreto Liturgia Diária para a Celebração da Palavra, atenção para o Esquema proposto pela CNBB no livro Guia Litúrgico-Pastoral (pp 55-60).

RITOS INICIAIS

§ Procissão e Canto de Abertura (ou entrada)

§ Sinal da Cruz

§ Saudação inicial, acolhida.

§ Introdução ao mistério celebrado

§ Ato penitencial (ou aspersão com a água)

§ Glória

§ Oração do dia

LITURGIA DA PALAVRA

§ Primeira leitura

§ Salmo responsorial

§ Segunda leitura

§ Aclamação ao evangelho

§ Evangelho

§ Homilia – partilha da palavra

§ Profissão de fé

§ Oração dos fiéis (preces)

LOUVOR OU AÇÃO DE GRAÇAS (COM COMUNHÃO)

§ Louvação

§ Ministro da Eucaristia traz o Santíssimo e o deposita sobre o altar

§ Pai Nosso

§ Abraço da Paz (o qual poderá ficar para o final da celebração)

§ Eis o Cordeiro de Deus!

§ Comunhão – canto.

§ SILÊNCIO...

§ Oração após comunhão (como está no livrinho Liturgia Diária).

RITOS FINAIS

§ Avisos,

§ Cântico.

§ Bênção e despedida.

Quando não houver comunhão, o momento de louvor ou Ação de Graças tem o seguinte esquema simplificado:

LOUVOR OU AÇÃO DE GRAÇAS (SEM COMUNHÃO)

§ Louvação

§ Pai Nosso

§ SILÊNCIO...

§ Abraço da Paz (o qual poderá ficar para o final da celebração)

§ Oração

Sobre o Dirigente, ou Presidente, ou Ministro da Palavra, diz o Guia Litúrgico-Pastoral da CNBB: [1]

“Compete a quem preside:

na abertura: o sinal da cruz, a saudação em nome de Jesus, a exortação ao mistério do dia, o convite para a recordação da vida, o ato penitencial e o glória (se houver), o convite para a oração e a oração;

na liturgia da Palavra: a exortação para a escuta da Palavra, a proclamação do Evangelho, a partilha da Palavra na homilia, o convite e a conclusão das preces dos fiéis;

no louvor ou ação de graças: a louvação, o convite para o Pai Nosso, para o abraço da paz... (A distribuição é com os Ministros da Santa Comunhão);

nos ritos finais: a oração, a bênção e a despedida.”

[1] Ver GLP, página 89.

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7-ROTEIRO PARA CELEBRAÇÃO DA PALAVRA PELA CNBB

RITOS INICIAIS

Comentarista: Boas vindas a todos... Tema do dia: (Ver na Liturgia Diária, adaptando para a Celebração da Palavra, é claro). Fazer isso evitando certos “comentários iniciais”...

Cantemos o cântico número...

CÂNTICO INICIAL OU DE ENTRADA...

Dirigente / Ministro da Palavra: Sinal da Cruz...

Dirigente/Ministro da Palavra: Saúda a todos mais ou menos assim: Irmãos e irmãs, que a graça de Deus Pai, o amor de Jesus Cristo e a força do Espírito Santo nos façam cada vez mais, irmãos uns dos outros.

TODOS: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Dirigente/Ministro da Palavra: faz uma breve introdução ao mistério que é celebrado... Também faz a “recordação da vida”, colocando algum fato marcante da comunidade e de determinadas famílias, como por exemplo, bodas de prata, sétimo dia de falecimento, meninas fazendo 15 anos, etc.

ATO PENITENCIAL... – (cantado ou rezado: Confessemos nossos pecados! Confesso a Deus todo poderoso...

CANTO DO PERDÃO, número _________.

HINO DO GLÓRIA...

ORAÇÃO (concluindo os ritos iniciais, como a que está no Liturgia Diária, com as devidas adaptações, evidentemente).

TODOS: Amém!

LITURGIA DA PALAVRA

Comentarista: vamos acolher a Palavra de Deus com o canto número_________.

PRIMEIRA LEITURA: (Ver no Lecionário ou na Liturgia Diária).

SALMO RESPONSORIAL: (Ver no Lecionário Liturgia Diária).

SEGUNDA LEITURA : (Ver no Lecionário Liturgia Diária).

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO...

EVANGELHO: (Ver no Lecionário Liturgia Diária).

HOMILIA (OU PARTILHA DA PALAVRA): É feita pelo Dirigente/Ministro da Palavra. Não pode ser muito longa. É preciso levar em conta o tamanho da igreja e a quantidade de pessoas que alí estão.

Ø Ver nas páginas......... o que é homilia nas celebrações.

PROFISSÃO DE FÉ: Creio em Deus Pai...

ORAÇÃO DOS FIEIS (PRECES): O Dirigente motiva as preces mais ou menos assim: “Animados pela Palavra que ouvimos, e fortificados pela fé que professamos neste momento, façamos confiantes as nossas preces.

(Ver Liturgia Diária. Também preces de acordo com as necessidades da comunidade).

Dirigente/Ministro da Palavra: (Conclui as preces mais ou menos assim): Senhor, nosso Deus, aí estão os nossos pedidos. Atendei-nos, ó Pai... Por Cristo, Senhor Nosso. – Amém.

OFERTAS: Conforme o costume de nossa comunidade, agora é o momento das ofertas ou partilha. A nossa generosidade se expressa neste momento altamente significativo. Apresentemos, pois, com simplicidade, a nossa colaboração para nossa comunidade, como um sinal de nossa solidariedade fraterna.

CÂNTICO DAS OFERTAS (OU PARTILHA), número__________.

Em seguida faz-se o “Momento de Louvor ou Ação de Graças”. É um dos momentos fundamentais da Celebração da Palavra. É um momento que lembra a Oração Eucarística das missas. Mas não pode ser uma repetição ou imitação da Oração Eucarística, advertem os nossos bispos. Portanto, muito cuidado! Trata-se, pois de uma oração ou um canto de cunho narrativo “com o qual se bendiz a Deus por sua Imensa glória” [1]

Ø Atenção: são dois esquemas de Louvor ou Ação de Graças: um para celebração com comunhão eucarística. Outro para Celebração sem comunhão eucarística.

Ø Se a Celebração for sem comunhão, pule para as páginas.............!

LOUVOR OU AÇÃO DE GRAÇAS (COM COMUNHÃO)

LOUVAÇÃO: (Dirigente/Ministro da Palavra): Vamos neste momento bendizer a Deus por sua imensa glória! Todos juntos, cantemos (ou rezemos):

EM CORO A DEUS LOUVEMOS, eterno é seu amor!

Pois Deus é admirável, eterno é seu amor!

- Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor! (bis)

Criou o céu e a terra... Criou o sol e a lua...

- Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor! (bis)

Fez águas, nuvens, chuvas... Fez pedras, terras, montes...

- Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor! (bis)

Distribuiu a vida,... Na planta, peixe e ave...

- Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor! (bis)

E fez à sua imagem... O homem livre e forte...

- Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor! (bis)

Na história que fazemos... Deus vai à nossa frente...

- Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor! (bis)

E, quando nós pecamos... Perdoa e fortalece...

- Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor! (bis)

(Outras sugestões de “Louvação” ver na página...............................e seguintes deste livreto).

Dirigente/Ministro da Palavra: Irmãos e irmãs, vamos ter em nosso altar o corpo sacramental do Senhor, as hóstias que foram consagradas numa de nossas Celebrações Eucarísticas, memorial vivo da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Fiquemos concentrados, formando assim entre nós "um só corpo e um só espírito".

O Ministro da Santa Comunhão traz o Santíssimo e o deposita sobre o altar.

PAI NOSSO... (Dirigente/Ministro da Palavra): Guiados pelo Espírito de Jesus e iluminados pela sabedora de sua Palavra, rezemos juntos... PAI NOSSO...

ABRAÇO DA PAZ – com um canto apropriado ao momento. (O abraço da paz pode ser agora, ou no final. como acharem melhor...)

O Ministro da Santa Comunhão apresenta a Eucaristia dizendo: "Felizes os convidados para a Ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!" - TODOS: "Senhor, eu não sou digno(a) de que...”

Em seguida, o Ministro da Eucaristia começa a distribuir a santa comunhão. Não é momento de “Adoração do Santíssimo”. É momento de comungar.

CÂNTICO DA COMUNHÃO, número__________.

SILÊNCIO Terminada a distribuição da Comunhão, o Ministro da Palavra/Dirigente da Celebração convida a todos para um momento de total silêncio. Oração silenciosa. - Não é momento para cantar e nem rezar em voz alta. Silêncio total para escutar Deus.

ORAÇÃO (O Dirigente/Ministro da Palavra faz a oração, mais ou menos como a que está no livreto Liturgia Diária)

TODOS: Amém.

RITOS FINAIS

AVISOS (se houver. Quanto menos avisos, melhor. Dar avisos bem resumidos).

Aqui, uma rápida mensagem, ou um canto que encerre a mensagem final.

BENÇÃO FINAL: (Por exemplo): “O Senhor nos abençoe e nos guarde! O Senhor nos mostre a sua face e nos conceda sua graça. O Senhor volte para nós o seu rosto e nos dê a sua paz. O Senhor nos abençoe. Amém. [2] - Abençoe-nos o Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo...

CANTO FINAL

Nota: Se o abraço da paz for ao final da Celebração, esse “canto final” poderá ser substituído pelo Canto da Paz.

LOUVOR OU AÇÃO DE GRAÇAS (SEM COMUNHÃO)

LOUVAÇÃO: (Dirigente/Ministro da Palavra): Vamos neste momento bendizer a Deus por sua imensa glória! Todos juntos, cantemos (ou rezemos):

EM CORO A DEUS LOUVEMOS, eterno é seu amor! - Pois Deus é admirável, eterno é seu amor!

- Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor! (bis)

Criou o céu e a terra... Criou o sol e a lua... - Por nós fez maravilhas...

Fez águas, nuvens, chuvas... Fez pedras, terras, montes... - Por nós fez maravilhas...

Distribuiu a vida,... Na planta, peixe e ave... - Por nós fez maravilhas...

E fez à sua imagem... O homem livre e forte... - Por nós fez maravilhas...

Na história que fazemos... Deus vai à nossa frente... - Por nós fez maravilhas...

E, quando nós pecamos... Perdoa e fortalece... - Por nós fez maravilhas...

(Outras sugestões de “Louvação” ver na página e seguintes deste livreto).

PAI NOSSO... (Dirigente/Ministro da Palavra): Guiados pelo Espírito de Jesus e iluminados pela sabedora de sua Palavra, rezemos juntos... PAI NOSSO...

(Dirigente/Ministro da Palavra): Irmãos e irmãs, fiquemos um pouco EM SILÊNCIO e entremos no Coração de Jesus. Deixemos que as palavras dele também entrem em nosso coração e faça de todos nós "um só coração e uma só alma", "um só corpo e um só espírito". (Profundo silêncio).

ABRAÇO DA PAZ – com um canto apropriado ao momento. (O abraço da paz pode ser agora, ou no final. como acharem melhor...)

ORAÇÃO (O Dirigente/Ministro da Palavra faz a oração como a que está no livreto Liturgia Diária, com as devidas adaptações, evidentemente).

TODOS: Amém.

RITOS FINAIS

AVISOS (se houver. Quanto menos avisos, melhor. Dar avisos bem resumidos).

Aqui, uma rápida mensagem, ou um canto que encerre a mensagem final.

BENÇÃO FINAL: (Por exemplo): “O Senhor nos abençoe e nos guarde! O Senhor nos mostre a sua face e nos conceda sua graça. O Senhor volte para nós o seu rosto e nos dê a sua paz. O Senhor nos abençoe. Amém. [3] - Abençoe-nos o Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo...

CANTO FINAL

Nota: Se o abraço da paz for no final da Celebração, esse “canto final” poderá ser substituído pelo Canto da Paz.

[1] CNBB, Doc 52, n. 83.

[2] Num 6,24-26.

[3] Num 6,24-26.

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8-HOMILIA E PARTILHA DA PALAVRA

"A homilia é parte integrante da celebração litúrgica; portanto, ela tem todas as características de toda a liturgia. É, sobretudo, contemplativa, memorial dos mistérios e orante. Isto, em primeiro lugar, para o próprio presidente... A homilia tem uma ligação íntima com a Palavra proclamada, que já é orante, celebrativa e memorial." (Ver no livro "A Celebração Litúrgica e seus Dramas" – A. Bogaz e I. Signorini, p. 82).

A palavra "homilia" – de origem estrangeira (grega) – significa uma "conversa familiar com familiares e amigos".

Na liturgia, a homilia é uma pregação tipo conversa familiar, dirigida a uma comunidade de fé. A homilia é feita a partir dos textos bíblicos lidos na celebração. A homilia, pois, se destina à edificação de todos os presentes na celebração.

Ela é um anúncio centrado na Pessoa de Jesus (e não centrado na pessoa do ministro, sempre tentado a pregar a si mesmo, contando sua vida pessoal como "testemunho". Isso acabaria cansando ou enjoando o povo).

Na homilia, portanto, o centro é a Pessoa de Jesus que anuncia o Reino de Deus já presente entre nós, - repetimos.

ESQUEMA DE UMA HOMILIA

· Introdução: uma pequena introdução interessante que comece atraindo a atenção de todos para o tema do dia. Embora não dialogando diretamente com o povo (isso não seria prático), essa introdução deverá ser feita num clima dialogal... Quer dizer: os ouvintes acompanham tudo como se estivessem conversando com o(a) ministro(a).

· Comentário da Palavra: um rápido comentário dos textos, ligando um texto com o outro, se for conveniente, pois a homilia não poderá ser muito longa. Não ultrapassar dez minutos.

Notar que em nossa liturgia católica, um texto bíblico "relê" o outro, a saber, um texto explica profundamente o outro. A conjugação dos textos bíblicos nos traz a mensagem que Deus nos quer dar através da liturgia.

Em geral, conforme a liturgia, dá para começar comentando a primeira leitura, passando para o evangelho, e concluindo com a segunda leitura...

· Atualizar os textos: especialmente o evangelho do dia. Fazer essa atualização sem moralismo ou legalismo.

* "Moralismo" é a mania de ficar corrigindo os outros.

* "Legalismo" é a mania de querer amarrar ou amedrontar o povo com leis, com normas e mais normas.

Tanto o moralismo como o legalismo abafam a Pessoa de Jesus. Isso atrapalha quem quer aprimorar o seguimento de Jesus, e o livre engajamento na caminhada da comunidade.

· Conclusão: Concluir a homilia fechando o assunto, e abrindo a mente e o coração de todos para o mergulho em Deus, e para o compromisso na família e na comunidade...

DIFERENÇA ENTRE HOMILIA E SERMÃO

Pelo visto acima, há uma diferença entre homilia e "sermão".

A homilia faz a Palavra proclamada falar... A homilia ajuda a assembléia a escutar Deus. Ela nos leva a contemplar o mistério cristão.

Já no sermão, o pregador faz uso da Palavra de Deus para fundamentar o seu discurso, para confirmar suas teses, para defender seus projetos, e suas idéias próprias.

Ora, uma homilia bem feita faz um bem inegável. Bem feita é uma homilia com conteúdo bíblico, homilia vivida pelo(a) ministro(a) da Palavra.

Já uma homilia mal feita (tipo sermão para corrigir os outros em público) prejudica muito a comunidade, a qual foi reunida "no amor de Cristo". Jesus está na comunidade. Desrespeitar a comunidade é desrespeitar Jesus que a reuniu...

OS APÓSTOLOS E PRIMEIROS CRISTÃOS

SÃO OS NOSSOS MODELOS DE

PAIXÃO PELA PALAVRA

Mediante a homilia (conversa familiar), os primeiros cristãos foram ouvindo e se apaixonando cada vez mais pela Pessoa de Jesus Cristo e por sua palavra. Eles foram se identificando com a Pessoa de Jesus.

Assim identificados com a Pessoa de Jesus, os seguidores de Jesus foram, como que, naturalmente, se espalhando por toda parte, repartindo essa Palavra para os outros, como nos conta o livro dos Atos dos Apóstolos.

Hoje, graças à vivência de muitos de nossos irmãos católicos, vemos gente partindo do templo para as casas a fim de repartir com todos a Palavra.

Sim, no templo, as homilias bem feitas nos lançarão para a missão nas famílias, nas casas, nas ruas e em nossos bairros formando Grupos de Reflexão da Palavra de Deus.

Não percamos de vista o seguinte: estamos hoje dentro de um mundo faminto e sedento de Deus. Temos de levar muito a sério essas ovelhas do Senhor. O que Jesus disse aos apóstolos de ontem, vale para nós hoje também. Disse Jesus: "Dai vós mesmos de comer a esse povo faminto" (Mt 14,16).

SILÊNCIO LITURGICO. Palavras de especialistas em liturgia: "O uso da palavra nas celebrações é muito importante e deve ser tratado com muito cuidado. Por meio dos comentários e das homilias os Dirigentes ou Ministros da Palavra podem tornar a celebração mais profunda, mais agradável e mais participada. A gente não pode desprezar nas celebrações os momentos de silêncio, que elevam o espírito para viver o mistério pascal com mais intensidade.

Quando a CNBB (1984) realizou uma pesquisa para que os fiéis pudessem expressar suas insatisfações, descobriu-se o excesso de barulho e falas entre os maiores dramas da celebração litúrgica.

Nossas comunidades, no esforço de dinamizar e alegrar as celebrações, se descuidaram dos espaços silenciosos... O silêncio é condição para vivenciar a ação sagrada. O silêncio é a "pedra de toque" das celebrações que nos permite entrar na intimidade divina de forma pessoal e comunitária. O silêncio pode ser de recolhimento, para tomar consciência da presença de Deus, na assimilação para interiorizar a Palavra, as orações e os mistérios celebrados, de meditação para aprofundar a Palavra, e... para entrar em comunhão com Deus, pela contemplação...[1] (Ver no livro "A celebração litúrgica e seus dramas" – (A. Bogaz e I. Signorini, p. 82-83).

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9- COMO CELEBRAR OS EVENTOS SEM DEVIAR DO SENTIDO DO MISTÉRIO PASCAL DE CRISTO?

Em nossa Igreja Católica os grandes teólogos entendidos em liturgia lembram alguns pontos importantes que vale a pena serem relembrados aqui:

· Nas missas e celebrações comunitárias da Palavra não se pode exagerar tanto os destaques de aniversariantes, de falecimento, de eventos ou de personalidades "importantes" a ponto de abafar o mistério Pascal de Cristo... Sim, o Mistério Pascal de Jesus Cristo é o grande “Tema” da Missa. Os demais “temas” são secundários. [1]

· Mais ainda, dizem os teólogos, nem a celebração de uma festa de Nossa Senhora, ou de um santo padroeiro poderá colocar em segundo plano o Mistério Pascal de Jesus Cristo.

· Por exemplo: não tem sentido litúrgico rezar a Ave Maria, Salve Rainha ou outra oração a Nossa Senhora ou a algum santo, como "ritos iniciais" ou como "ação de graças" depois da comunhão...

* * *

Então, como proceder para não fugirmos da liturgia, e para entrarmos na alma do povo tão carente de atenção? Aqui é que está a necessidade da sabedoria e da sadia criatividade. Por exemplo:

· Receber bem a todos que estão chegando. Logo na chegada, cumprimentar o aniversariante, ou cumprimentar as pessoas que estão de luto recente... Cumprimentar as pessoas que estão sendo lembradas naquela celebração... Quem faz essa recepção? São os leitores, os ministros, catequistas... Afinal, toda a liderança tem de mostrar um coração aberto e acolhedor.

· No final da celebração, ao sair, mostrar o mesmo calor humano, indo se despedir dessas pessoas... Mais vale um abraço afetuoso de despedida, do que ficar "bajulando" os interessados o tempo todo durante a celebração... Isso até poderá agradar a uma meia dúzia de interessados, mas acabará irritando a assembléia.

* * *

Uma celebração iniciada com uma calorosa e fraterna acolhida... Uma celebração conduzida com sabedoria... Uma celebração concluída com muito calor humano, por certo, vai deixar nos participantes um "gostinho de quero mais". Assim nossos templos vão ser ambientes litúrgicos aconchegantes, onde os participantes vão crescer não só em idade, mas em sabedoria e graça diante de Deus e da sociedade. Os participantes vão ficar cada vez mais adultos em Cristo. Com certeza.

Observações oportunas:

1. É muito importante abrir a igreja com bastante antecedência, pois muitas pessoas gostam de chegar bem antes para fazer uma oração pessoal e se preparar para o início da celebração. Outros gostam de chegar antes para ir se encontrando com os amigos que também vão chegando. – Abrir a igreja com antecedência é um grande sinal de comunidade acolhedora.

2. É bom ensaiar rapidamente com a assembléia o refrão do salmo responsorial a ser cantado na celebração. Coisa bem rápida, pois não é momento de fazer muitos ensaios.

Portanto, evitar ficar ensaiando todos os cânticos (já conhecidos) nesse momento, pois não é hora de ensaios, mas de acolhida aos irmãos que vão chegando, uns alegres, outros tristes e preocupados, mas todos cheios de fé e com muita sede de atenção.

[1] Ver GLP, página 18.

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10 - ALGUMAS NOTAS PRÁTICAS

SOBRE AS CELEBRAÇÕES DA MISSA

E CELEBRAÇÕES DA PALAVRA

1. Sobre o altar: O altar fica na frente no local chamado lugar da presidência. O altar deve ficar livre. Evitar colocar castiçais, jarras de flores e outros objetos sobre o altar...

2. Sobre a cadeira presidencial: O padre usa o altar especificamente durante a liturgia eucarística Havendo espaço e possibilidade, ele começa a missa na sua cadeira presidencial.[1] - Na proclamação do evangelho ele usa o ambão. Na homilia ele fica onde se sentir melhor.

O local onde está o altar, a cadeira presidencial, como também todo o corpo da igreja, é chamado pelos bispos de “espaço celebrativo”, que visa suscitar em todos a recordação da presença de Deus que fala ao seu povo. [2]

Nota: Na Celebração da Palavra o Dirigente se coloca num lugar à frente e que favoreça a comunicação com todos. O dirigente não fica no altar e nem ocupa a cadeira presidencial reservada ao ministro ordenado (padre).

3. Sobre o ambão (estante da Palavra): A estante da Palavra (também chamada de “mesa da Palavra”) é reservada à Palavra.

Não há lugar determinado para o ambão. Geralmente fica do lado direito do altar, um pouco para frente. Nele é colocado o LECIONÁRIO. Nele são feitas as leituras, a homilia e, normalmente, também as preces.

O lugar do comentarista não é no ambão. É em outra estante ou em outro lugar.

Nota: se a comunidade não tem o livro do Lecionário, e o leitor precisar fazer a leitura no livreto “Liturgia Diária”, é preciso que, no ambão esteja em destaque a Bíblia Sagrada.. Esse visual fala alto para toda a assembléia. (Ver na página ..........que será dito sobre os “livros litúrgicos”)

4. Sobre os folhetos: Esse material era muito usado quando as comunidades ainda não sabiam bem das respostas, e quando não havia um bom preparo dos leitores. Hoje, com o progresso das equipes de liturgia e de celebração, (sobretudo com o bom preparo dos leitores), os folhetos estão caindo em desuso.

Notar que o uso dos folhetos não é muito litúrgico, pois eles quebram o sentido da proclamação e da escuta da Palavra.

Sim, na liturgia, a Palavra é para ser proclamada e ouvida comunitariamente. Não é para ser lida individualmente. Lembramos que não é pecado usar folhetos, mas é melhor não usar, dizem os especialistas em liturgia. Daí, a importância da leitura ser bem feita, em voz alta e clara, de modo que todos entendam. [3]

Uma pergunta: É bom levar a Bíblia para a igreja? Sim, mas para ser lida em outros momentos, ou para verificar os textos das leituras semanais, etc. Não fica bem ficar folheando a Bíblia durante a celebração. É melhor ler a Bíblia em particular, no grupo de reflexão ou nas orações e meditações em pequenos grupos.

5. Sobre o comentarista: Nas missas e Celebração da Palavra a função principal do comentarista é acolher a todos que chegam e que aguardam a procissão do Ministro com a “Equipe de Celebração”. Muito cuidado para, na acolhida, não ficar falando muito ou antecipando o que vai acontecer na liturgia.

- O comentarista ainda indica o número dos cânticos e dá os avisos finais.

- O comentarista não fica em pé o tempo todo. Termina de falar, e vai para o seu lugar.

6. Sobre introduções às leituras: Se o comentarista for introduzir as leituras, que seja com poucas palavras, e sem ficar antecipando o que vai ser lido. Isso prejudicaria o clima de piedade que deve reinar na celebração.

- Em muitos lugares já não se fazem essas introduções. O Comentarista faz apenas a acolhida inicial, anuncia o número dos cânticos e dá os avisos finais.

7. Sobre a campainha: é coisa mais do tempo antigo quando na missa era destacada só a consagração. As demais partes não eram tão valorizadas. Hoje, graças a Deus, a celebração eucarística é valorizada no seu todo. Portanto é melhor não usar a campainha em momento nenhum, dizem os especialistas em liturgia.

Nota: É claro que não é proibido; e se na comunidade existe este costume, fiquem à vontade. Se forem tocar a campainha, que seja apenas um pequeno toque bem suave.

8. Sobre as hóstias: na missa é mais litúrgico consagrar hóstias que dêem para todos. Isso destaca a participação de todos no ato litúrgico da celebração eucarística. - Contudo, é importante não deixar que as do sacrário se estraguem. Portanto, precisando renovar as hóstias do sacrário não consumidas pelos doentes e nas celebrações da Palavra, os(as) Ministros(as) da Eucaristia podem buscá-las para serem distribuídas na missa.

9. Sobre os cânticos das partes da missa: Não é preciso cantar todas elas. Assim, é bom variar. Por exemplo: no dia que rezarem o ato penitencial canta-se o Glória. Outro dia, canta-se o "ato penitencial" (perdão) e reza-se o Glória. Isso é bom para a gente conhecer melhor a letra do “Glória” como está na liturgia.

- Uma atenção especial deve ser dada à ORAÇÃO EUCARÍSTICA. Ela é uma solene oração do sacerdote, oração essa intercalada com o “Santo” e com outras respostas que já estão na liturgia oficial de nossa Igreja.

- O Santo pode ser cantado ou rezado. Se forem cantar, que seja com muita piedade, e a letra deve bater com o "Santo" que está na Oração Eucarística. Certo?

- As respostas da Oração Eucarística podem ser cantadas ou não. Isso fica bem livre. Se forem cantar, que seja com bastante piedade para não prejudicar o ritmo dessa importantíssima oração litúrgica.

- Uma resposta da Oração Eucarística que seria bom cantar é a resposta do "Eis o Mistério da Fé!”

Nota: em alguns lugares há um costume popular de cantarem um pequeno hino após a consagração. Contudo, é bom lembrar que isso não é litúrgico. O certo é cantar ou rezar apenas a resposta oficial do “Eis o Mistério da Fé”. [4]

- O Cordeiro de Deus fica bem livre. Podem cantar ou rezar.

10. Sobre o traslado da Eucaristia. Os especialistas em liturgia ensinam que o ministro da Eucaristia não deve transportar a eucaristia da capelinha para o altar de modo solene. O ministro da Eucaristia deve fazer isso com muita piedade, é claro, mas discretamente. Nada de induzir o povo a se ajoelhar e fazer adoração.

Lembramos que a coordenação da comunidade, os catequistas e demais pessoas de liderança têm de tomar cuidado, pois há pessoas que costumam não levar a sério a celebração da Missa ou da Palavra. Essas pessoas têm uma tendência ao devocionismo que é muito prejudicial à vida da comunidade.

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11 - SIMBOLISMO NA LITURGIA

Os símbolos litúrgicos falam alto ao nosso coração. Para entendermos os símbolos precisamos ter uma "chave" que nos abra para o seu significado. Há símbolos que todo mundo entende logo porque estamos ligados a eles desde a infância: por exemplo: a água, o fogo, a luz, a montanha, etc. São sinais universais que todo mundo entende.

Outros símbolos são mais ligados à liturgia e precisamos cultivá-los, pois criam laços entre nós, cristãos. Vejamos...

1. Vela acesa: a vela acesa não existe só para clarear o ambiente, mas para representar no ambiente a fé em Jesus Cristo vivo e ressuscitado.

2. Altar: não é apenas uma mesa para se colocar coisas em cima. O altar é a mesa do Senhor onde é celebrada a Eucaristia.

3. A estante da Palavra (ou ambão): não é apenas um móvel para segurar um livro. A estante da Palavra é também a "mesa do Senhor" de onde recebemos o Pão da Palavra.

4. A água do batismo: não é apenas uma água para matar a sede ou fazer higiene. Ela é a água que nos faz nascer para uma vida nova.

5. Quando nos ajoelhamos: mostramos que nós cremos.

6. Fazendo o sinal da cruz: estamos nos revestindo de Cristo morto e ressuscitado.

§ Observar que a Bíblia é um livro cheio de símbolos. Hoje temos de reaprender a linguagem poética, a afetividade das crianças e das almas simples e transparentes.

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12. EQUIPE DE LITURGIA E EQUIPE DE CELEBRAÇÃO

A) EQUIPE DE LITURGIA:

É uma equipe composta de 3 a 5 pessoas. Uma equipe variada. Portanto, não é uma única pessoa que faz tudo sozinha. Função principal: compor as equipes de celebrações, inclusive atuar na escolha dos cânticos. Essa equipe é distinta da “Equipe de Celebração”. [5]

B) EQUIPE DE CELEBRAÇÃO

É o conjunto de pessoas que vão participar da celebração: Sacerdote (quando é missa) o Dirigente/Ministro da Palavra (quando é Celebração da Palavra), Ministros da Santa Comunhão, acólitos, leitores, salmistas, preces, cantores e outros. Quem organiza a “equipe de celebração” é a Equipe de Liturgia acima.[6]

Para organizar bem a Equipe de Celebração, a Equipe de Liturgia tenha sempre em mãos o cadastro de todos os comentaristas, leitores, salmistas e outros. Nada de improvisação. Liturgia é coisa séria.

NOTAS IMPORTANTES:

1. Ministro da Palavra: é presidente da celebração. É pessoa designada pela Paróquia para esse serviço. [7]

2. Ministros da Santa Comunhão: encarregados da distribuição da comunhão.

3. Comentaristas: Nas missas e Celebração da Palavra a função principal do comentarista é acolher a todos que chegam e que aguardam a procissão do Ministro com a “equipe de Celebração”.

- A equipe de liturgia, como foi lembrado acima, deverá ter cadastrado os nomes das várias pessoas que têm esse dom. Treiná-las para o bom desempenho dessa função.

4. Leitores: o mesmo se diga dos leitores. Uma equipe de liturgia inteligente e simpática vai fazer convites a muitas pessoas que têm boa leitura (e boa conduta) e que gostariam de ser convidadas para essa importante função nas equipes de celebração. – O convite deve ser pessoal. Nada de ficar convidando em público. Pior ainda é ficar apelando, dizendo que "que ninguém quer participar".

5. Salmistas: ver e cadastrar quem tem esse dom. Certamente na comunidade há várias pessoas que têm o dom para ser salmista.

- Não "criar" melodias para os salmos, pois a CNBB já publicou CDs intitulados "CANTANDO OS SALMOS E ACLAMAÇÕES” / Anos A-B-C.

- O salmista cante o salmo no ambão.[8] - O salmista não cante o salmo com instrumento na mão. - Aliás um salmo cantado sem instrumento fica bem mais piedoso, com certeza. Se o tecladista for dar um toque para ajudar, que seja bem baixinho.

6. Preces: preparar bem quem vai dirigir as preces. Se quiserem colocar uma criança, que ela alterne as preces com um adulto. Se a criança falhar, todo mundo entende. Mas colocar a criança para soletrar todas as preces diante do povo, acaba sendo um desrespeito para com o povo.

7. Outras funções que não dependem de boa leitura: convidar pessoas de bem que gostariam de levar o crucifixo, a Bíblia, as ofertas, etc. Por que colocar gente que já está em outras funções?

8. Grupo de sustentação dos cânticos: Esse grupo de voz forte e afinada que vai sustentar os cânticos, e estimular toda a comunidade para participar. Deverá ser um grupo mais ou menos grande. Não usando microfone, a comunidade não vai se acomodar encostando-se em duas ou três pessoas. - Cuidado com os instrumentos musicais. Não deixar que eles abafem a voz do povo que canta.[9]

(Votaremos a falar sobre os cantores no item 13)

9. Acólitos: essas pessoas servem no altar nas Missas ou Celebrações da Palavra. Podem ser adultas, jovens ou adolescentes. Seja como for, os (as) acólitos precisam de uma formação. Geralmente as paróquias colocam em sua programação “cursos para acólitos”. Não percam!

(Votaremos a falar sobre os cantores no item 14)

C) LEMBRETES SOBRE OS CONVITES

Um convite significativo mexe com uma pessoa, com uma família e mesmo com a comunidade no seu todo. - Quando falamos em convites significativos queremos dizer: convidar pessoas que, estando no ambão (estante) vão mostrar ao povo que, por detrás desse convite, há uma clara intenção de colocar em destaque alguém ou algo que deverá ser destacado para o bem do Reino de Deus. - Não se acende uma luz para depois escondê-la... Brilhe a vossa luz diante dos homens (Mt 5,15-16). - Exemplos de convites significativos:

a) Um(a) jovem estudante de boa conduta que, além de ter boa leitura, ainda é um exemplo de jovem responsável dentro do seu colégio... Convidar um(a) jovem desses(as é fazer um convite muito significativo...

b) Um(a) diretor(a) de um colégio, um(a) professor(a)... Uma pessoa dessas, de boa conduta, além de ter uma boa comunicação, ainda é uma pessoa de real influência como formadora das crianças e da juventude... Ora, fazer um convite desses é, sem dúvida, fazer um convite muito significativo.

c) Um pai de família, homem de boa leitura, muito educado e que é um verdadeiro referencial para os jovens que pensam em se casar, precisa ser lembrado nos convites...

d) Uma mãe de família, mulher que, além de ótima leitura, tem coração de mãe, que gosta da comunidade. Uma pessoa dessas não pode deixar de receber um convite...

e) Um membro super ativo de determinada pastoral, pessoa de boa leitura e que se dedica à comunidade num trabalho realmente heróico... Uma pessoa dessas não pode deixar de receber um convite, não é mesmo?

* Cuidado para não convidar pessoas que podem complicar nossa Igreja. Essas complicações podem acontecer. Sobretudo por ocasião de eleições... Muito cuidado!

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13. CANTORES: ALGUMAS NOTAS PARA UMA REUNIÃO ESPECIAL COM O GRUPO DE CÂNTICOS

Nossos(as) cantores(as) exercem um papel importante na liturgia. Nossas comunidades são muito gratas aos nossos grupos de cânticos que gastam tanto tempo nos ensaios.

Por outro, lado é bom não se esquecer de que o povo das comunidades está de olhos fixos nos cantores. Sim, o testemunho do grupo de cânticos fala muito alto para todos. Valorizemos, pois, o grande dom que Deus deu a cada cantor(a): o dom da voz bonita.

O grupo de cânticos deverá cantar os cânticos do livro adotado por nossa paróquia (Apelos da Eucaristia) Também não poderá cantar a seu modo porque prefere um canto mais corrido, ou desse ou daquele jeito. Notar que estamos numa assembléia litúrgica, e não em uma festa particular.

A) CANTAR E COMUNGAR

1. Cantar com a assembléia: quem canta, não canta para a assembléia, mas canta com a assembléia. Por isso, não pode julgar-se absolutamente indispensável em nenhum momento da celebração. O cantor é um participante da celebração em tudo.

2. Portanto quem canta com a assembléia, é integrante da assembléia de comungantes. Se o(a) cantor(a) não pode destoar do canto, não pode também destoar da participação da santa comunhão.

B) A QUE HORA OS(AS) CANTORES(AS)

C) COMUNGAM?

1. Antes da assembléia: (Geralmente esse é o melhor jeito, como já se faz em algumas comunidades). No momento em que o padre (ou ministro) diz "Eis o Cordeiro de Deus", todos os cantores fiquem livres para ir para a fila para receberem a comunhão por primeiro.

Ao retornarem, iniciem e sustentem o canto, tranqüila e devotamente. - O povo fica muito edificado com o bom exemplo de cantores piedosos e cheios de espiritualidade.

2. Depois da assembléia: Em algumas comunidades fazem assim: um pouco antes de terminar a fila de comungantes, os cantores encerram o cântico de comunhão. Os(as) cantores(as) vão para a fila para comungar.

Se nesse momento o povo estiver cantando, cantem normalmente com o povo todo. Se estiver em silêncio, fiquem em silêncio com o povo. Voltando ao seu lugar, cada um(a) fique recolhido em silêncio para escutar Deus.

Notar que o canto de comunhão é um canto processional. Só tem sentido enquanto se faz a procissão para comungar. Não tem sentido prolongar o cântico depois de terminada a distribuição da comunhão. (O mesmo se diga do “canto das oferendas” nas missas, ou “canto das ofertas ou patilha”, nas Celebrações da Palavra).

D) O QUE NÃO FICA BEM:

1. Não é certo o padre ou ministro ir aos cantores para dar-lhes a comunhão lá onde estão cantando... O certo é o cantor ir ao encontro da comunhão, e não o contrário...

2. Não fica bem o instrumentista permanecer o tempo todo da celebração preso ao seu instrumento. Não é certo o instrumentista ir para a fila da comunhão carregando o seu instrumento...

3. Não fica bem a equipe de canto ficar conversando ou “distraída” na hora da celebração. O que isso revela da equipe? Devemos caprichar no testemunho.

D) E ENTÃO?

1. Não relativizar a comunhão em função do canto. Afinal, o que é essencial: o canto, ou a comunhão eucarística?

2. Padre, ministros, cantores, sejamos os primeiros a demonstrar recolhimento e fé após a comunhão, salvaguardando o precioso silêncio litúrgico em outros momentos especiais.

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14. ACÓLITOS: ALGUMAS NOTAS PARA A FORMAÇÃO DE ACÓLITOS

O acólito, pelo fato de ficar na frente da assembléia, deverá manter a necessária postura que o ato litúrgico exige.

Assim, ao chegar á igreja onde há o sacrário com o Santíssimo, fazer genuflexão com dignidade e respeito (dobrando o joelho direito até ao chão, por exemplo).

* * *

NA MISSA

RITOS INICIAIS: a postura respeitosa dos acólitos aparece logo no começo ao ser organizada a procissão de entrada. Evitar ficar conversando sem precisar. – A organização é assim:

1. À frente vai uma pessoa levando a cruz (podem outras duas levar velas).

2. Os leitores de dois a dois.

3. Os ministros da Eucaristia.

4. OS ACÓLITOS...

5. Por último, o sacerdote que presidirá a Celebração.

6. Ao chegar ao Altar, fazem a devida reverência ou, se houver o Santíssimo na frente, fazem a genuflexão.

(Obs.: aquele que leva a cruz e os que levam as velas, mesmo com Santíssimo presente, fazem apenas a inclinação da cabeça).

LITURGIA DA PALAVRA: Sempre que possível, os Acólitos ficarão ao lado do sacerdote para que possam melhor servi-lo, conforme o costume da comunidade. Por exemplo: ficar perto do sacerdote com velas acesas enquanto ele proclama o evangelho... Isso varia de comunidade para comunidade.

LITURGIA EUCARÍSTICA: Terminada a oração dos fiéis (as preces da comunidade) os acólitos colocarão sobre o altar:

O Missal (caso ele esteja na credência).

O cálice.

As âmbulas com as hóstias que serão consagradas

Em seguida apresentarão ao sacerdote as galhetas contendo o vinho e á água.

Depois trazem a jarra com a toalha para que o sacerdote lave as mãos.

Por fim permanecem em pé, afastados do altar, até o momento da comunhão. Os acólitos comungam depois dos Ministros da Eucaristia.

RITOS FINAIS: após a bênção final, todos se dirigem calmamente para a sacristia. Chegando à Sacristia, o sacerdote diz: “Bendigamos ao Senhor”, onde todos respondem: “Graças a Deus”.

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15. DOS OBJETOS LITÚRGICOS, LIVROS E VESTES LITÚRGICAS

ALGUNS OBJETOS LITÚRGICOS

Cálice: é o vaso sagrado usado na consagração do vinho.

Patena: é uma espécie de pratinho usado na consagração do pão (Hóstia). (Pode ser de vidro, louça ou metal).

Pala: uma cobertura quadrangular feita de linho, para cobrir o cálice.

Âmbula (ou cibório): uma espécie de cálice maior ou menor com tampa, o qual serve para a distribuição da Eucaristia ao povo. (Pode ser de vidro, louça ou metal ou de madeira bem trabalhada).

Teca: pequeno estojo de metal que serve para levar a eucaristia aos enfermos.

Corporal: pano quadrangular sobre o qual são colocados o cálice, a patena e âmbulas para a consagração das hóstias, ou com as hóstias já consagradas...

Sangüíneo: paninho para se enxugar o interior do cálice na hora da purificação. Esse paninho é também chamado de "purificatório".

Galhetas: dois recipientes de metal ou de vidro onde são colocados o vinho e a água para a missa. As galhetas vêm em cima de um pratinho.

Manustérgio: é o nome que é dado à toalhinha que o padre usa para enxugar as mãos depois das entregas das oferendas.

Credência: a mesinha que acolhe os vasos sagrados. Ela fica do lado direito do celebrante.

Ostensório (ou custódia): um objeto especial para a exposição do Santíssimo na Igreja ou na procissão de Corpus Christi.

Luneta: uma pequena peça que fica dentro do ostensório. Serve para prender a hóstia a ser exposta.

Pálium: uma peça de pano grande e bem trabalhado. Essa peça é suspensa por vários suportes de madeira. Serve para a procissão de Corpus Christi.

Turíbulo: vaso de metal para as incensações litúrgicas.

Naveta: recipiente em forma de um pequeno navio, onde é colocado o incenso.

Castiçais: suportes de velas.

Círio Pascal: a vela grande e enfeitada que é usada na Vigília Pascal. Também nos batizados.

Sacrário: local da capela onde é colocada a Eucaristia para ser levada aos doentes ou para a "adoração do Santíssimo".

Lâmpada do Santíssimo: a luz que dia e noite fica acesa perto do sacrário.

(Há muitos outros objetos, mas estes

são os mais comuns e mais usados).

LIVROS LITÚRGICOS

Dizem os bispos: “Os livros litúrgicos devem ser tratados com cuidado e respeito, pois é deles que se proclama a Palavra de Deus e se faz a oração da Igreja. Por isso, na celebração, os ministros tenham em mãos livros belos e dignos, quer na apresentação gráfica, quer na encadernação” [10]

Missal Romano: é um livro grande usado pelo sacerdote na celebração eucarística.

Lecionário: é um livro grande que contém as leituras das celebrações, tanto das Missas como da Palavra. - Há 3 tipos de lecionários:

· Lecionário Dominical: para as leituras dos domingos e de algumas solenidades e festas. (Observar os anos A-B-C).

· Lecionário Semanal: contém as leituras para os dias de semana de todo o Ano Litúrgico. (Observar os anos pares ou ímpares da primeira leitura).

· Lecionário Santoral: contém as leituras para as solenidades e festas dos santos.

Notas:

* Havendo alguma dúvida para encontrar as leituras no lecionário, é só verificar no livrinho Liturgia Diária.

*Se for preciso, podem usar o livreto da Liturgia Diária no lugar do lecionário, o qual é bem dispendioso. Também fica bonito. O que não convém é fazer a leitura usando o folheto. Fica feio.

* Se forem fazer a entrada solene da Bíblia antes da Liturgia da Palavra, podem usar a Bíblia ou o Lecionário. - Evidentemente que fica mais significativo levar a Bíblia, pois é ela que nós lemos em nossas casas e em nossos grupos e reflexão. Esse visual fala alto ao nosso coração, com certeza.

VESTES LITÚRGICAS

Túnica (ou alva): veste longa para os ministros ordenados nas celebrações (padres e diáconos).

Casula: uma veste própria do sacerdote ou do bispo nas celebrações. É uma espécie de manto que vem sobre a túnica.

Estola: veste em forma de duas largas tiras de pano passando pelo pescoço, descendo pela frente e acompanhando o comprimento da alva ou túnica. – Os diáconos usam a estola a tiracolo sobre o ombro esquerdo, caindo para o lado direito...

“Jaleco”: espécie de paletó ou jaqueta usado pelos ministros, comentaristas, leitores e salmistas... Não há um modelo fixo. Mas deve-se evitar que sejam parecidos com jalecos próprios para determinados profissionais... [11]

* Não é certo os ministros leigos ficarem usando vestes idênticas às do sacerdote... É só usar a criatividade e com bastante espírito litúrgico que tudo dá certo...

* Fica muito bonito um leigo proclamar a Palavra usando roupas simples e dignas. É só usar o bom senso que tudo dá certo.

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16. SENTIDO DAS CORES LITÚRGICAS

As diferentes cores das vestes litúrgicas visam a manifestar externamente o caráter dos mistérios celebrados e despertar a consciência de uma vida cristã com o desenrolar do ano litúrgico. Vejamos:

Branca: simboliza alegria, vida, felicidade. É usada nas grandes festas como Natal e Páscoa; nas festas de Nossa Senhora e outras comemorações conforme a indicação dos livros litúrgicos.

Vermelha: simboliza sangue e fogo. É usada nas comemorações do martírio de Jesus Cristo, dos santos mártires e no dia de Pentecostes.

Verde: simboliza a esperança. Está ligada ao crescimento. É usada no tempo comum, em que a comunidade, cheia de esperança, vai crescendo no seu dia-a-dia.

Roxa: simboliza seriedade e penitência. É usada na quaresma e no advento.

Rosa: pode ser usada no terceiro domingo do advento e no quarto domingo da quaresma. É livre.

Preta: cor fúnebre. Cor muito pouco usada hoje...

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17. OS SETE SACRAMENTOS

DEFINIÇÃO DE SACRAMENTO

A palavra “sacramento” significa sinal. Assim, o Batismo, a Crisma, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimônio, são sacramentos, quer dizer, são sinais.

§ Sinais de que?

§ Sinais do amor de Deus para com a humanidade.

JESUS CRISTO, O SACRAMENTO DO PAI

O ser humano é o que todos nós conhecemos. O homem se afasta de Deus criador, e Deus vai à procura do homem para salvá-lo. É a atitude do Pai misericordioso. Sim, Jesus veio ao mundo para mostrar com sua vida como Deus Pai nos ama, nos perdoa e nos salva (João 3, 16-17).

O grande sinal dessa bondade de Deus Pai é a Pessoa de Jesus Cristo. Deus não se contentou em enviar profetas para falar ao seu povo. Ele enviou o seu próprio Filho para ensinar os homens a amar, a perceber a amizade e o amor do Pai (Hebreus 1, 1).

É por isso que dizemos que Jesus é o Sacramento do Pai. Quer dizer: Jesus é o grande GESTO-SINAL de Deus. - E a Igreja?…

A IGREJA É O SACRAMENTO DE CRISTO

Jesus Cristo cumpriu sua missão aqui na terra. Ele viveu fazendo o bem. Ele obedeceu ao Pai em tudo. Obedeceu especialmente na hora de sua morte dolorosa na cruz. E Deus Pai ressuscitou Jesus. E o elevou ao céu, como lemos em Filipenses 2, 5-11.

Jesus, antes de voltar para junto do Pai, encarregou os apóstolos de continuarem sua missão. Disse ele aos apóstolos:

“Todo poder me foi dado no céu e na terra. Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem meus discípulos… Eu estou convosco até o fim dos tempos” (Mt 28, 18-20).

A Igreja continua fazendo o que Jesus Cristo fez. Jesus Cristo está presente na Igreja, continuando a salvar a humanidade.

A Igreja é, pois, SINAL da presença de Cristo no meio dos homens. A Igreja é Sacramento de Cristo. Todos ligados a Cristo como os membros do corpo (1 Cor 12,27), como os galhos ligados a uma árvore (João 15, 5).

· Como é que Jesus está presente na Igreja?

· Ele está presente na Igreja através dos SINAIS do seu amor.

Lendo os evangelhos, vemos os muitos e muitos sinais do amor de Deus por nós, através da Pessoa de Jesus Cristo.

Lendo a vida de nossas comunidades, descobrimos muitos e muitos sinais da presença oculta de Jesus entre nós. Sobretudo nas crianças e nas pessoas que mais sofrem. Ali está uma forte presença de Jesus misericordioso entre nós.

OS SETE SACRAMENTOS SÃO MAIS

DO QUE SIMPLES SINAIS

Na comunidade, o pessoal não é sempre o mesmo. Nascem crianças. Crianças vão crescendo e ficando jovens. Jovens se casam ou se consagram totalmente ao serviço da Igreja no celibato. Aparecem os problemas da doença ou da velhice. Durante toda essa caminhada surgem as quedas e os atritos vários. Existem os pecados.

Jesus se encarnou dentro dessa realidade. Nossa Igreja vive dentro dessa realidade muito humana. Pois bem, é dentro dessa realidade que nós temos de entender a Igreja e os sacramentos… A Igreja, portadora de Jesus Cristo, vai acolhendo as pessoas em todas essas fases ou situações da vida. Vamos ver isso sinteticamente.

1. A Igreja BATIZA, inclusive as crianças que vão nascendo em famílias evangelizadas e ligadas à comunidade. Crianças no colo de pais assim serão batizadas, e logo que começam a entender as coisas, vão sendo evangelizadas.

2. A Igreja CRISMA adolescentes e jovens, para que nessa idade não lhes falte a força necessária para assumirem plenamente sua missão de cristãos. É a crisma ou sacramento da confirmação.

3. A Igreja se alimenta com o Pão Vivo que desceu do céu, a EUCARISTIA. É na participação da Eucaristia que a Igreja recebe a sua maior força. Sim, quanto maior a luta, quanto maior o sofrimento da Igreja, mais ela necessita dessa força do Corpo de Cristo. Quem se alimenta da Eucaristia (ligado à comunidade, é claro), naturalmente vai adquirindo os mesmos sentimentos de Cristo. Podemos dizer que a Eucaristia é "o sacramento dos sacramentos, pois todos os demais estão ordenados para esse fim". (Vimos acima o grande sentido da eucaristia na vida da Igreja quando tratamos da Celebração da Eucaristia e da Celebração da Palavra).

4. A Igreja que caminha, cai muitas vezes. Nessas quedas acontece uns ficarem desanimados, uns até se afastarem da comunidade. Ao se levantar e voltar para Deus e para a comunidade, o cristão faz o que chamamos de penitencia. Através do sacramento da PENITÊNCIA, a Igreja acolhe os que estão voltando. Por aí se vê como é vital em nossa Igreja o famoso acolhimento, através do sacramento do perdão.

5. A doença e a velhice são inevitáveis. Por isso, nessa fase difícil da vida, a Igreja, com o sacramento da UNÇÃO DOS ENFERMOS, unge seus doentes e idosos. Pela Santa Unção a Igreja, com a força de Cristo, mostra o valor de todos, inclusive daqueles que a sociedade marginaliza e esquece. Ora, são esses mais fracos, os preferidos do Senhor. Devem também ser eles os preferidos da Igreja.

6. Os jovens na sua caminhada vão fazendo as suas opções. Grande parte vai se casando para perpetuar o povo de Deus aqui no mundo. Como cristãos, os casados se comprometem a educar os filhos dentro do clima de fé. Para realizarem isso eles recebem o sacramento do MATRIMÔNIO.

7. Para um serviço especial a toda a Igreja que caminha, temos os ministros que, pelo sacramento da ORDEM, comunicam a vida que vem de Deus. Trata-se de uma grande missão que não pode abafar a missão de todos os que foram batizados. Os sacerdotes, pela ordem sacra, vão acompanhando a Igreja em todas as suas fases, animando a todos com a Palavra de Deus e com os sacramentos, para que todos possamos continuar a obra de Jesus Cristo aqui no mundo.

CLASSIFICANDO OS SACRAMENTOS

Pelo que vimos acima, dá para gente entender o que é um sacramento, e o que significam para nós os sete sacramentos de nossa Igreja. O Catecismo da Igreja Católica classifica os sete sacramentos da seguinte forma:

· Sacramentos da iniciação cristã: batismo, crisma e eucaristia.

· Sacramentos da cura: penitência e unção dos enfermos.

· Sacramentos da comunhão e do serviço: matrimônio e ordem.

[1] Ver GLP, página 93.

[2] Ver GLP, página 93.

[3] Ver GLP, página 112.

[4] Ver GLP, 25.

[5] Ver GLP, páginas 109-110. Ver GLP, páginas 111-112.

[5] Ver GLP, páginas 59-60. Também as páginas 87,88 e 89.

[5] Ver GLP, página 30.

[6] Ver GLP, páginas 111-112.

[7] Ver GLP, páginas 59-60. Também as páginas 87, 88 e 89.

[8] Ver GLP, página 30

[9] Ver GLP, página 75 e 78.

[10]CNBB, Doc 52, n. 47.

[11] Ver GLP, página 100.